Matriculada em 1991, a primeira aluna da Universidade Aberta à Maturidade, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) São Paulo, Naiade Aucester Cordeiro Montenegro, a Naidinha, de 93 anos, ainda está na faculdade. A permanência extensa não significa que ela seja má aluna. Pelo contrário. Naidinha se deu tão bem nas aulas que resolveu ficar. “Antes me sentia sem incentivo, mas desde que entrei na faculdade fiz amigos e aprendi muito”, diz a ex-professora.
O aposentado Jayme Kuperman, de 95 anos, é um poucos homens do curso. Representa a categoria na universidade desde 1997, e não pretende desistir. "Não gosto de ficar sozinho e aqui a convivência é muito boa. É uma terapia para a idade. Tem coisas que eu não lembro mais e aprendo de novo. Eu gosto de todas as aulas."
Para o coordenador executivo do curso, Fauze Saadi, os idosos que procuram tais atividades estão no caminho certo. “Costumo brincar que os alunos deveriam tirar uma fotografia quando ingressam na universidade e meses depois. É quase uma cirurgia plástica sem bisturi. Além disso, a saúde melhora. Roubamos clientela dos consultórios médicos”, afirma.
As faculdades destinadas para os idosos não são regulamentadas pelo Ministério da Educação (MEC), por isso não possuem caráter oficial de graduação. As instituições são livres para criar grades curriculares e determinar o tempo de duração. Na PUC, por exemplo, onde há o primeiro curso do estado de São Paulo, a faculdade dura quatro semestres e a partir do terceiro, o estudante pode escolher a disciplinas.
Há cerca de 100 opções que variam entre cultura, artes, política, economia, até temas da atualidade. Não há provas, nem pré-requisitos para as matrículas, porém o aluno precisa frequentar pelo menos 75% do curso.
Fonte: G1
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